Mudamos o mundo todos os dias. A qualquer hora. Sem censura. Amarga ou doce. Com ou sem o primeiro gomo de tangerina.

Wednesday, August 31, 2005

Movimento: «Ó Manel, impede-me de votar Cavaco e Soares!»

Não apoia a candidatura, não concorda com a escolha do PS, não se responsabiliza pelo resultado de Soares....

...E NÃO SE CANDIDATA...

Diz temer uma divisão no eleitorado da esquerda se correr contra Soares (Soares não pensou nisso quando decidiu correr contra ti, pois não?)
Ó Manel, volta... Fizeste mal as contas ou não sabes que nas eleições presidenciais há segunda volta?

Imagina isto: corres contra Soares - como o Zenha foi contra o agora candidato e na altura, na primeira eleição presidencial que quase deu a vitória a Freitas do Amaral, nos idos de 1986, fez Soares ficae contristado porque o Zenha-amigo não o preveniu que ia avançar... (a histórica é cíclica, não é?).

Mas repara, Manel: Cavaco, Soares e Alegre na corrida a Belém. Vais às urnas na primeira volta, medes forças nessa altura e não divides nada. O melhor dos dois passa à segunda volta, imaginando que Cavaco não tem maioria absoluta e que os votos da esquerda se repartem pelos dois. (E não acredito que Cavaco seja tão esmagador para Belém, como foi em 85 e seguintes para o Governo.) Depois, na segunda volta, o melhor correrá contra Cavaco. Queres melhor cenário? Queres melhor cenário do que provar que Soares não é o D. Sebastião? Queres melhor do que provar a todos que não desistes? Que és capaz de acreditar que Soares não é a melhor opção, e por isso te tornas tu na melhor opção?

E, agora, Manel, depois de virares as costas, em quem voto? Hã? Em quem? No Garcia Pereira? No Manuel João Vieira? Eu quero uma telha para cada português, mas não me arrisco a ver vencer Cavaco. O problema é que a alternativa é Soares e, para mim, não há sais de frutos que me possam valer se «botar» Soares... Tapar a imagem e fazer uma cruz? Pá... não sei.
Ó Manel, impede-me de votar Soares.

Thursday, August 25, 2005

Em Agosto... fogo posto

Perguntavam-me provérbios com Agosto. Acho que há qualquer coisa: o povo faz provérbios sobre tudo. Mas li algures num blogue - e não me recordo qual, apesar de muito procurar - que com Agosto rima fogo posto. Os provérbios também se podem actualizar. O país mudou muito em relação a esta matéria nos últimos 20 anos. A partir de agora nasceu um novo dizer, muito popular, e como todos, ou quase (que eu não sou muito de provérbios), passará de boca em boca. Em Agosto fogo posto

Aguenta aí

O meu nome é Joaquim
o meu apelido Mendes
sou do Porto, porque sim
Mas também sou de onde sendes

E quero aplaudir a gente
que se amanda e que se mexe
é p'lo menos ponto assente
não ficar no queixe-queixe

Mas não vou dizer ámen
quando as coisas dão p'ro torto
embora haja p'ra quem
criticar é só desporto

Aguenta aí, não és santo nem és padre
Fazes por ti, mas não há cão que não te ladre
Há dias de manhã
em que um homem à tarde
não pode sair à noite
nem voltar de madrugada
Grande piada!

Cada dia saio cedo
p'ra um trabalho mesmo chato
e o patrão diz-me em segredo
fazes bem e sais barato

Tenho, p'ra não ir a pé
um carro em sétima mão
trava com a marcha à ré
e acelera, também não

Farto de engarrafamentos
aqui vai meu contributo
vou mas é mandar o trânsito
apanhar no viaduto

Aguenta aí, não és santo nem és padre
Fazes por ti, mas não há cão que não te ladre
Há dias de manhã
em que um homem à tarde
não pode sair à noite
nem voltar de madrugada
Grande piada!

Atirei o pau ao gato
que se vendia por lebre
vou passear ao Palácio
mas habito num casebre

Busquei casa na cidade
há justiça nesta vida
a prov'é qu'a má qualidade
está tão bem distribuída

Património mundial
é orgulho, com certeza
falta pôr no pedestal
"aqui não entra a pobreza"

Aguenta aí, não és santo nem és padre
Fazes por ti, mas não há cão que não te ladre
Há dias de manhã
em que um homem à tarde
não pode sair à noite
nem voltar de madrugada
Grande piada!

Sérgio Godinho : Letra e música
In: "Domingo no Mundo", 1997

Wednesday, August 17, 2005

...



Resposta a um comentário e a história que eu ia contar em formato de carta. Para a Carla

Carlita,

Eu não quero brilhar.
Só não quero ser a única a sair do carro.
Só não quero ter no banco de trás um taco de basebol, porque tenho medo de não me conseguir «virar» sozinha.
Porque é assim que estamos na grande cidade: sozinhos.
O povo não evoluiu.
Regrediu em toda a linha.
Vive a vidinha a tentar encontrar o melhor crédito para casa, carro e tv de plasma, mas não dá a mão a quem precisa.
E era só sair do carro.
Éramos muitos.
Teríamos conseguido fazer algo.
Eu estava só.
Era só uma.
O sacana que espancava a mulher como se de um saco de boxe se tratasse tinha mas de 1,85.
Era grande para mim.
Por sorte, parou.
Por sorte, ficou sentado após o primeiro encontrão.
Mas podia não ter ficado.

E nessa altura, um ser humano podia ter sido espancado até à morte, com o sol de Agosto nas folhas do jardim, e os cidadãos de classe média com um trela pela mão a olhar para o lado, em plena rua central da cidade do Porto.
Ele não retaliou.
Eu não me magoei.
E dormi mal essa noite. Muito mal.
Não por ter visto alguém bater num ser humano: tenho idade para já ter visto isso e mais.
Mas porque ninguém se levantou contra a violência.
Porque todos foram cúmplices com a violência. Poderiam ter sido cúmplices com homicídio.
Este povo não presta.
Este país é uma merda.
É a primeira vez que me ouves dizer isto: eu, a da nação e pátria e Estado. E o raio que parta.
A glória, a fibra, a verticalidade, a moralidade, a alma de um país vê-se nas ruas.
Há anos, poucos anos, mais pessoas teriam sido de carro.
Hoje não.
Fez-se o clique.
Passei ao ódio. E ao nojo.

Tuesday, August 16, 2005

Agenda para posting futuro (e breve, prometo)

Os U2, mas pouco. Apenas sobre a alma do concerto. E não é coisa pouca.

Sobre este país e as nossas cidades. E o ódio a este povo. Ontem, o ódio e o nojo apoderou-se de mim quando, num semáforo, às 18h30 da tarde, um homem espancou uma mulher. Frente a uma plateia sentada nos seus carros com ar condicionado. E vidro fechado. Que arrancaram assim que o semáforo ficou verde e o homem arrastou pelos cabelos a mulher até ao passeio. E como eu fui a única a sair em auxílio da mulher. A única.

Thursday, August 11, 2005

Estacionar ainda pode ser complicado

Parece que já nem em Agosto a cidade faz férias... O trânsito flui melhor, sim é verdade. Mas tentar estacionar em Campo de Ourique continua a ser um jogo de sorte. E é Agosto? Porque é que não está tudo a entupir o Algarve (sobre Vilamoura, Quarteira e Albufeira), enquanto a malta continua a trabalhar...

Tuesday, August 09, 2005

Como ser homem e não ser traído nos dias de hoje


Por Arnaldo Jabor

Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada e etc... As vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais - "corneado". Saiba de uma coisa...esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça - ou então - assumir seu "chifre" em alto e bom som.

Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.

Mas o que seria uma "mulher moderna": a principio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante... é aquela que as vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços... é aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...

Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior. VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", ao menos que:

- Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam.Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.

- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.

- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... bem...

- Quando disse que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.

- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfaze-la. As "mulheres modernas" têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam - e querem - fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas é a pura verdade)...bom, nem precisa dizer que se não for com você...

- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????

- Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.

- Sabe aquele bontão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.

- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar do lado e simplesmente dormir.

- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas...senão...

Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência". Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e principalmente, faça-a saber disso.

Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!!

Friday, August 05, 2005

Para o ano

Tuesday, August 02, 2005

I miss Calvin

«As perguntas mais simples são as mais importantes»

Baron Hans Blixen - You could have asked, Denys...
Denys Finch Hatton - I asked... She accepted!

in Out of Africa. Num diálogo «precioso» e tão simples.

Monday, August 01, 2005

O COMÉRCIO DO PORTO

Deixaram um comment que merece ser transformado em post. E bem grande.



«O Comércio do Porto ainda vive.Leiam-nos em ocomerciodoporto.blogspot.com»