Às moscas
Ontem, estive na Feira do Livro, na apresentação de um... livro, claro.
Estive na apresentação de 30 Mulheres +, porque tenho 1/30 de participação no livro.
Até aí tudo bem, eu gostei de escrever, os senhores da editora gostaram do que eu escrevi, e como a minha biografada é do Porto, participei no lançamento da Invicta.
Não me engasguei, portanto não correu mal. A biografada - Beatriz Pacheco Pereira - deu um show de bola sobre as mulheres e o Porto periférico.
Mas nem tudo correu bem: o provincianismo portuense esteve na auge, quando os senhores da feira disseram à editora que não iriam desligar as colunas de som que debitavam música e não ligariam os microfones para que nos conseguissem ouvir.
Fomos para um mini auditório improvisado, onde as pessoas - que estivessem interessadas - podiam ouvir o que tínhamos para dizer.
De armas e bagagens, retiramos os livros do Café Literário e fomos para outro lado.
Um disparate pegado se pensarmos que a justificação para nos silenciar - com as colunas de som e sem microfone só a vizinha do lado conseguiria ouvir - é obtusa. Os editores que estão na feira não querem propaganda a outro livro... Um livro que nem sequer está à venda na feira, já que é de uma editora ainda em crescimento.
Mas pior que o provincionamismo da justificação, é a falta de flexibilidade típica do Porto. É rígido e hierarquico. Aquela era a decisão, igual para todos, e não é sequer passível de ser discutida. Mais: quando tiveram muito gosto em acolher a apresentação não avisaram a editora da falta de condições.
Para a próxima, rumo à FNAC. Onde as pessoas são bem tratadas.
Continuem a queixar-se que as feiras (Porto e Lisboa) estão às moscas.
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