Vinho de Valpaços
Cantamos os amanhãs, os ontens e o que é de hoje. E o que será de nós.... Comemos e bebemos. Vinho de Valpaços: um perigo, é o que vos digo. Procuramos a plenitude num copo de vinho, numa música, num sorriso. Encontramos pedaços dessa plenitude: e ela vai-se avolumando à semana. Ao domingo, é como na missa: o culminar dos dias demasiados. Ali quase prometemos coisas e fazemos resoluções daquelas tipo ano novo. Por vezes, cumprimos. Outras vezes sentimo-nos acompanhados por quem procura a plenitude como nós. Sentimo-nos acompanhados por pessoas boas e boas pessoas. Que te sorriem. A quem sorrimos.
A música, a comida a bebida. O Rui é a argamassa de um domigno que se quer pacificador das existências. E que, por vezes, já se tornou em redemoinhos de emoções. Daqueles preferíveis... preferíveis aos pontos nos is que não nos fazem sorrir os olhos.
O Rui canta e encanta e faz-nos cantar e engana-se porque nós achamos piada. E toca se pedirmos. E toca para nós. E nenhum músico de excelência, com discos editados, e autógrafos dados, poderia substituir o Rui. Porque o Rui toca para nós. E gosta. E isso é admirável. E é isso que nos faz peregrinar todos os domingos à Ribeira.
Ele gosta de tocar para nós. E nós adoramos ouvi-lo (foi um plural majestático, com a certeza porém de que falo por todos os que ali, ao pé do Rui, se sentam todos os domignos.) Porque ele gosta de cantar para nós.
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