Mudamos o mundo todos os dias. A qualquer hora. Sem censura. Amarga ou doce. Com ou sem o primeiro gomo de tangerina.

Thursday, April 27, 2006

O sol é para todos

Dia 1

Viagem de carro, sempre em frente e a descer. Uns dias de folgas - poucos dias não são férias! - e a esperança de um sol, deitada na praia.
Ainda era tempo de um fininho na esplanda, e com sorte caracóis. E assim, foi. A mudança de esplanada mostrou-se necessária, não fosse apanhar a constipação mais rápida da história com o vento e o frio por aquelas bandas. Relax completo e absoluto. Mas ainda sem sandálias de enfiar o dedo, não vá chover.

Dia 2

Mercado. Peixe fresquinho, logo pela manhã. Para um rodízio de peixe grelhado na braza, nada melhor do que uma visita ao mercado local. E já agora, ir à fruta, aos jornais, ao pão grande e pesado para torradas e laranjas docinhas para sumo. Mais batatas, para as batatas a murro ou então aquelas com alho e azeite... Depois do pequeno-almoço, em busca do sol... no shopping. Chove que Deus dará lá fora. Ida ao Continente para compras adjacentes. Jantar divinal. E sem mexer uma palha. Copos. Perfeito, não fosse a praia.

Dia 3

SOL. Na praia, sol, muito sol, sol de lado, de frente, a chapinar na água fria, na espreguiçadeira, sol. sol. sol. sol. Uma salada frugal, no bar da praia, com os pés nos chinelos de enfiar o dedo, e claro, muito sol, areia, e aquele calor quentinho a bater nos ombros.

Jantar. Bacalhau na braza. E depois passeio. Regresso nauseado, com paragem no meio da estrada para vomitar.

Chegada ainda nauseada. Madrugada inteira a vomitar.

Dia 4

Um sol incrível e abrasador lá fora. Só quero a janela fechada. Cansada, batida, agoniada e com uma gastro-entrite provocada por meio pacote individual de maionese.
Regresso a Lisboa impossível: a viagem mais longa de sempre. Só quero deitar-me.

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