O sofá
Depois de muitas idas ao ikea, discussões por causa de focos com dois ou três apliques, parece que a coisa chega a bom porto. Ela nunca saiu de lá. Do bom porto, onde eu gosto de regressar todos os dias. Mas o rame-rame cansa e mói. Se destrói não sei. Sei o quanto cansa o corpo correr atrás disto e daquilo, cumprir aquele prazo, passar aquele cheque, comparar aquele preço, optar por a máquina acolá.
Nunca um bloco de notas foi um objecto tão odioso. Nunca a fita métrica foi tão impediosa. Nunca um sofá foi tão obtuso. Etapa por etapa e quando parece que já não aguentas, ainda tens tempo para um escorredor e duas tábuas de cortar. De cortar à faca, às vezes.
Eu queria mesmo era um sofá qualquer para pôr os pés ao alto no final do dia contigo ao lado. E eu isso já tenho. Mas agora tenho o sofá mais bonito, contigo ao meu lado. E há melhor? Claro que não. Mas continuo a odiar o ikea e as lojas de móveis do planeta.
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