Duas petas nacionais - rubrica
Ontem recordaram-me, a propósito do caso Joana, a frase:
«Portugal é um país de brandos costumes». Não sei de quando é a frase, nem quem é o inventor, mas deve ser coisa do tempo do Estado Novo. De uma época em que o país não era brando, mas fortemente reprimido.
É uma peta monumental. Do tamanho do elevadíssimo índice de homicídios que se praticam em Portugal. Mata-se com facilidade por cá e sempre se matou. Basta olha para a história desde os tempos da República. Mata-se o Presidente da República, o Rei, o filho, os assassínos, tudo «in loco». E depois é uma sucessão sem fim: em crimes passionais somos recordistas, na certa. Homem mata mulher e filhos e suicida-se é título banal de jornal. Porque Portugal é mesmo assim.
A outra, que eu também acho um máximo e que se usa há anos e anos, tentando que se torne verdade (Ei!!!! Uma mentira repetida não se transforma em verdade! Não para quem tem memória e se lembra da história. Não para quem sabe que não é verdade).
Por isso, aquela de que aos funcionários públicos se pedia que assinassem uma declaração garantindo que não faziam parte do PCP durante o tempo da outra senhora passa a integrar no top 2 a rubrica, Petas nacionais.
Portugueses e portuguesas, abre-se aqui a rubrica das petas nacionais. E não é peta.
3 Comments:
QUEREMOS MAIS PETAS NACIONAIS!!!!!!!
Concordo:
Portugal não é um país de brandos costumes, bem pelo contrário.
Sobre essa declaração acredito que seja daquelas coisas inventadas à boca pequena que acabaram por se tornar verdades inquestionáveis. E há tantas!!!
1:59 AM
Caro anónimo, a primeira é evidente. A segunda também é mentira, mas não tão evidente. Mas mentira.
Prometo bloggar mais sobre o tema, assim que me lembrar.
Aceitam-se sugestões.
2:01 AM
A frase é de autoria de Salazar. E, completa, é assim: "País de costumes brandos e de hábitos morigerados"
ego
6:12 PM
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