Mudamos o mundo todos os dias. A qualquer hora. Sem censura. Amarga ou doce. Com ou sem o primeiro gomo de tangerina.

Thursday, July 20, 2006

À Dona Virgínia

O sofá

Depois de muitas idas ao ikea, discussões por causa de focos com dois ou três apliques, parece que a coisa chega a bom porto. Ela nunca saiu de lá. Do bom porto, onde eu gosto de regressar todos os dias. Mas o rame-rame cansa e mói. Se destrói não sei. Sei o quanto cansa o corpo correr atrás disto e daquilo, cumprir aquele prazo, passar aquele cheque, comparar aquele preço, optar por a máquina acolá.

Nunca um bloco de notas foi um objecto tão odioso. Nunca a fita métrica foi tão impediosa. Nunca um sofá foi tão obtuso. Etapa por etapa e quando parece que já não aguentas, ainda tens tempo para um escorredor e duas tábuas de cortar. De cortar à faca, às vezes.

Eu queria mesmo era um sofá qualquer para pôr os pés ao alto no final do dia contigo ao lado. E eu isso já tenho. Mas agora tenho o sofá mais bonito, contigo ao meu lado. E há melhor? Claro que não. Mas continuo a odiar o ikea e as lojas de móveis do planeta.

Jasmim doce para ti

Há coisas que basta recordar para saberem bem. Outras sabem muito mal, mesmo só lembrando uma pontinha assim. Uma amiga fez-me recordar, há dias, coisas que sabem a fel. Lembro-lhe que o caminho faz-se caminhando, e que sem caminhar o caminho não nos dá nada de novo. Lembrei-me do fel, para depois recordar tempos que sabem a coisa doce. Ou a menos doce, mas sabem bem. Como os de hoje.

A forma como o gosto e olfacto nos transmitem sensações pode ser comparável ao sentir de uma música. Há músicas tristes, onde só deveria haver silêncio. E há fanfarras que aquecem o coração e cheiram a jasmim. É assim que cheira o teu futuro: a jasmim doce.

Isto sim, é notícia

Sá Carneiro quase esmurrou Franco Carlucci. As coisas que se sabem com 30 anos de atraso... Soube bem na mesma.

Tuesday, July 18, 2006

Ney Matogrosso


Mais novo que nunca








(foto de Patrick Medina)

Thursday, July 13, 2006

Preso por ter cão, preso por não ter

Quando o adágio popular nos faz a vida negra isso é? Uma merda!


Se faço é porque faço depressa de mais, mais do que recomendável, com tudo a correr.

Se não faço, é porque estou à espera que o mundo mude sem mexer uma palha.

Raios partam o adágio! Esta é por todas as vezes (espero que seja por todas) que eu disse que os provérbios não são lá grande coisa...

Pah, retiro o que disse, ok?

Ai, carago...

Muito bem escrito este «desce» tragico-cómico. Grande Rosen!


http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=706766&div_id=3148

Thursday, July 06, 2006

Nem ver nem ouvir

Não temos razão para ter vergonha. Mas não queremos ouvir um francês e muito menos vê-lo pela frente; até podemos estar de orelha murcha, porque o sonho esteve demasiado perto, mas não temos motivos para ficar de cabeça baixa. Isso não.

Perder

Perder é uma sensação amarga. Quase metálica. Até arde o nariz, depende do montante apostado. Mas perder injustamente faz doer a alma. Um penalty a mais para eles e, na mesma bitola, um a menos para nós. Foi esse lance que deu a vitória à França. Apenas esse lance.

Não somos nenhuma maravilha, mas eles estão longe disso também.

Resta-me a alegria de ver os italianos arrasar com a cabotinice e empáfia dos franceses.

Nenhum portuense pode ser por França. Aprendemos desde pequenos o que quer dizer a estátua na Rotunda da Boavista. Sabemos quantos morreram nas invasões, na queda da ponte das barcas...

Monday, July 03, 2006

Há conversas completamente loucas

Depois do serial killer de Santa Comba Dão, há sequelas. O Serial Killer de Moimenta da Beira e o CSI de Sarilhos Grandes...

Nunca mais digo mal do Ricardo

A promessa foi feita entre penâltis. Para um milagre só uma promessa. Está feita