Mudamos o mundo todos os dias. A qualquer hora. Sem censura. Amarga ou doce. Com ou sem o primeiro gomo de tangerina.

Friday, April 22, 2005

O Google tem coisas giras

Coisas que não se pode morrer sem saber

O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck.
Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$40.000 eliminando uma azeitona de cada salada.
Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua.
Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não lembram onde eles as esconderam.
Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.
As formigas espreguiçam-se quando acordam.
As escovas de dente azuis são mais usadas que as vermelhas.
Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria língua.
Um terço de todo o sorvete vendido no mundo é de baunilha.
O olho do avestruz é maior do que seu cérebro.
Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos.
O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê.
O músculo mais potente do corpo humano é a língua.
É impossível espirrar com os olhos abertos.
Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer na frente de um espelho.
Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite.
Aproximadamente 70 % das pessoas que lêem este texto, tentam lamber seu cotovelo!!!

Fumo vermelho

Já não bastava uma manchete fantástica. O Sun optou por uma imagem do cardeal com o trocadilho PAPA RATZI.
Depois, foi o apoio declarado a Tony Blair. Como?
Com fumo vermelho a sair da chaminé do jornal britânico.
Se por cá os jornais tivessem metade do sentido de humor...

Tuesday, April 19, 2005

Grande cabra!!!!

O filho pergunta ao pai: - Oh Pai, a Maria pode engravidar?

Pai: - Quem é a Maria filhinho?

Filho: - É a minha namorada lá da escola.

Pai: - E quantos anos têm ela?

Filho: - Tem 4 anos.

Pai: - Claro que não!

Filho: - Uhh! Grande cabra! Com a história do aborto fez-me vender o triciclo

Monday, April 18, 2005

À chave. Só o Espírito Santo tem autorização do porteiro para entrar

Radio 4 na Casa com degraus assassinos

2500 bilhetes e apenas 700 lugares? É na Casa da Música. E uma única escada rolante para nos levar à sala 2? É na Casa da Música? E uma escada de serviço vazia - ao contrário da fila interminável na escada rolante - que fica ao pé do bar no piso 0 - que é preciso descobrir tipo como num assalto? É na casa da Música. E Radio 4 vale a pena. cuidado com as escadas: escorredarias e demasiado íngrimes. Estar lá dentro é como permanecer debaixo de um viaduto ou visitar a mogre, tal o alumínio nos fere a alma.

De resto, foi uma sexta-feira fantástica.

Friday, April 15, 2005

Como o director nacional da PJ teria sido despedido com o ex-mayor de Nova Iorque, Guiliani

O director nacional da Polícia Judiciária considerou que a pobreza, a desigualdade e a exclusão social são algumas das principais causas da violência urbana.

(Director nacional da PJ)


Santos Cabral não teria passado no teste que Guiliani fez à polícia, o que levou ao desemprego de alguns polícias e sobretudo à ida para a prateleira de muitos.

O crime em Nova Iorque desceu para mínimos nunca vistos e a Big Apple passou a ser uma das cidades mais seguras do mundo.

O teste era um simples quiz, daquelas à americana. E nele os polícias teriam de responder a questões como esta: o que espoleta a violência urbana? Polícia que respondesse a pobreza, passava a fazer apenas trabalho de secretária.

Guiliani percebeu que estas teorias do bom selvagem dão merda quando se fala em crime e violência. Sobretudo quando se fala da pequena criminalidade. A maioria das pessoas tem medo de ficar com o vidro do carro partido (eu tenho...), mas raramente pensa que irá encontrar um serial killer. Pois, a questão é mesmo essa: jovem encontrado a pintar paredes passava uma noite dentro. Se depois disso ainda tivesse vontade de assaltar super-mercado, voltava dentro. Nunca mais assaltava a caixa de esmolas da Igreja do bairro.

E as chefias intermédias que normalmente servem de entrave aos serviços públicos receberam especial atenção de Giuliani. Um repressivo que os democratas aplaudiram depois de poderem andar sozinhas na rua à noite.

Porque a maior liberdade do ser humano é a liberdade de circulação. De andar livremente. De fugir. De correr. Sem ter medo.

Esta é doce. Juro. A outra não prometo.

Mais de cem dinossauros autárquicos em vias de extinção

É assim que o Sócrates quer combater o desemprego?



Esta malta não saber fazer mais nada...

O Google no seu melhor

Wednesday, April 13, 2005

Verdades absolutas

A Belinha só me manda coisas com piada. Outro beijo

Para evitar filhos, faca amor com a cunhada. So nascem sobrinhos...
Seja porreiro com os seus filhos. Sao eles que vao escolher o seu asilo.
Nasci careca, nu e sem dentes. O que vier, e lucro!
Se a mulher fosse boa, Deus tinha uma. E se fosse de confianca, o Diabo nao tinha cornos...
Pior que uma pedra no sapato so um grao de areia no preservativo..
Se um dia te sentires inutil ou deprimido, lembra-te so disto: Ja houve um dia em que foste o espermatozoide mais rapido do grupo!!!
Os trabalhadores mais incapazes sao sistematicamente promovidos para o lugar onde possam causar menos danos: a chefia...
Os chefes sao como as nuvens, quando desaparecem fica um dia lindo...
O que leva os homens a perseguir mulheres com quem nao tencionam casar? O mesmo impulso que leva os caes a perseguir carros que nao tencionam conduzir...
O teu futuro depende dos teus sonhos. Nao percas tempo... vai dormir!
O amor e como a gripe, apanha-se na rua, resolve-se na cama...
Os Homens mentiam bem menos, se as Mulheres nao perguntassem tanto!

Também há lugar para humor nos Seguros ....

Obrigada à Belinha por estas pérolas... Um beijo para ela

Estas são algumas das participações de Acidentes Automóveis. Descrição de ocorrências nas participações de sinistro do ramo automóvel em 1998, consideradas as mais "caricatas".

O falecido apareceu a correr e desapareceu debaixo do meu carro.
(das duas uma: ou era atleta ou mágico!)

Para evitar bater de frente no contentor do lixo, atropelei um peão
(o importante é que não acertou no contentor do lixo!!!)

O peão bateu-me e foi para baixo do carro.
(malditos peões, só servem para destabilizar....só para chamarem a atenção... malditos arruaceiros!)

O peão não sabia para onde ia, então eu atropelei-o!
(ora lá está! Mais uma vez a tentarem destabilizar! Mas assim ao menos ficou o caso resolvido....hospital com ele!)

Vi um velho enrolado, de cara triste, quando ele caiu do tejadilho do meu carro.
(It's raining men...ALELUIA!!!)

Eu tinha a certeza que o velho não conseguia chegar ao outro lado da estrada, por isso atropelei-o.
(ora aí está! Tá feita a boa acção do dia)

O tipo andava aos ziguezagues de um lado para o outro da estrada. Tive que me desviar uma porção de vezes antes de o atropelar.
(mas o importante é que conseguiu! Há que ir sempre tentando e ter orgulho na pontaria!)

Mo Cuishle

Depois de tanto tempo só agora decidi escrever...
Mo Cuishle. Pouco mais há a dizer. A não ser que o filme tem uma beleza estética fantástica. E que está tudo lá. Portanto, não há mesmo mais nada a dizer. Ah... e eu sou uma admirador do Clint desde os tempos do Dirty Harry.

Tuesday, April 12, 2005

Casa da Música em diálogo com o BPN

Genial. Leiam este diálogo.

Monday, April 11, 2005

O eterno despertar da mente

Apagar memórias

Já saiu o DVD. E no link acima escrito podem apagar memórias. O quê? Não me lembro...

Saturday, April 09, 2005

Tudo sobre o Papa

Vejam aqui o melhor dossier sobre João Paulo II. Obrigada, sailor pela dica.

Tuesday, April 05, 2005

O som do planeta a estalar

Já ouviste «o som do planeta a estalar»? É estrondoso, mas não acontece muitas vezes. Sempre que ouvires este som, não o deixes fugir.

Monday, April 04, 2005

Ciao Karol




Ajudou a destruir o comunismo. Abriu uma fenda na cortina de ferro que não mais se fecharia. Seguiu pela esquerda e pela direita. Sempre com convição. Foi um diplomata, um político, um viajante, um homem carismático, um atleta, actor, um grande escritor.

Com João Paulo II, o número de fiéis quase duplicou. Não na Europa - que já não é o centro do mundo mas ainda não sabe -, mas no resto do Globo, com particular incidência na América Latina.

Foram sempre os jovens que mais o perceberam: pediu mais do que sabia ser possível cumprir. Sempre tolerante com quem não atingia as suas metas, nunca desistiu. Arrastou multidões e reuniu, com os mais jovens, a maior manifestação de sempre com cerca de dois milhões de pessoas. Pela primeira vez, o Vaticano abriu-se ao mundo. E o Papa viajou anunciando a Boa Nova, como pedem as Sagradas Escrituras.

Lutou contra o comunismo como bispo, cardeal e Papa. Fugiu dos nazis enquanto novo. Ao lado de Reagan lutou contra Moscovo. E venceu.

Travou uma cruzado em termos morais pedindo o infinito, para que as pessoas lhe dessem apenas o que o ser humano é capaz. Na sua infinita bondade não julgou ninguém.

Na hora da morte fez um «statement» público e televisionado contra a eutanásia, provando ser possível morrer com dignidade longe do Hospital, apesar da assistência médica. Naquilo que estava convicto - e no muito com que eu não concordo - foi teimoso, obstinado, inflexível. Deixou obra, fez teologia, escreveu para a posterioridade. Será feito Santo, espero.

Mesmo entre os críticos, como a jornalista francesa Constance Colonna-Cesari, a sua obra não deixa ninguém indiferente: «Logo depois de ter esmagado o dragão marxista e de ter ido celebrar a vitória na Checoslováquia, lembrando, a 21 de Abril de 1990, "que o comunismo procurara destruir o cristianismo", foi contra o capitalismo que João Paulo II se voltou», com a publicação no ano seguinte da encíclica «Centesimus Annus». Atrapalha-se a colaboradora do Libération, em «Urbi et Orbi - A geopolítica do Vaticano» (ed. Caminho, 1993, pp. 104-105): «Daí se deduz em geral que este Papa tanto sopra do lado quente como do lado frio, que a Igreja se volta, atrás dele, ora para a direita, ora para a esquerda, dá um salto em frente e depois dez passos atrás». A conclusão de Colonna-Cesari é aquela que se extrai da leitura da obra de Wojtyla: «Se João Paulo II não pode ser classificado [...], é porque o caminho dele é mesmo uma terceira via». E a autora lembra um discurso do Papa na sua primeira viagem, em Puebla (México): «Não é necessário recorrer a sistemas e ideologias para contribuir para a justiça porque a Igreja possui, graças ao Evangelho, a verdade sobre o Homem».


_______________________

Karol Wojtyla foi eleito Papa a 16 de Outubro de 1978, iniciando seis dias depois o terceiro mais longo pontificado da história da Igreja Católica. Os 26 anos em que chefiou o Vaticano ficam marcados pelas inúmeras viagens, pelo ecumenismo e pela abertura a um mundo em convulsão.Wojtyla nasceu a 18 de Maio de 1920 em Wadowice, nos arredores de Cracóvia, tendo perdido a mãe quando tinha apenas oito anos.

Com a invasão da Polónia pelas tropas nazis, em 1939, a Universidade de Cracóvia, onde estudava filosofia, é encerrada e três anos depois inicia, em segredo, os estudos se para tornar padre.
Ordenado em 1946, Wojtyla viaja para Roma para completar os seus estudos, tornando-se, doze anos depois, o mais jovem bispo polaco.

Em 1964 é promovido a arcebispo de Cracóvia e, três anos depois, é feito cardeal pelo então Papa Paulo VI.Apesar da rápida ascensão na hierarquia da Igreja polaca, a sua nomeação para o cargo mais alto da Igreja Católica (1978) constitui uma surpresa: Wojtyla era o primeiro polaco a ascender ao cargo, o primeiro Papa não italiano em 455 anos e o mais jovem a ascender ao cargo em mais de um século. Percebendo a surpresa que a sua nomeação causou a Europa vivia então sob os auspícios da Guerra Fria e a Polónia ficava do lado de lá da Cortina de Ferro , Wojtyla surge à varanda do Vaticano com um sorriso e palavras de optimismo.

Desde o início, o 264 º sucessor de São Pedro constrói a imagem de homem enérgico (o que lhe valeu a alcunha de atleta de Deus), carismático e afável, procurando sempre o contacto com os fiéis, em especial as crianças e os jovens. Sinal dessa abertura ao mundo, são as viagens que João Paulo II inicia logo no seu primeiro ano de pontificado. O primeiro destino: a Polónia. A primeira visita à sua terra-natal é vista como um sinal de encorajamento ao Solidariedade, o sindicato de inspiração cristã que então dá os primeiros passos na luta contra o domínio soviético que terminaria dez anos depois, colocando Wojtyla do lado vencedor. Seguem-se-lhe outras 103 deslocações aos mais diferentes pontos do globo, perfazendo uma distância total que seria suficiente para fazer 30 viagens de circum-navegação. De todas, a viagem mais emblemática terá sido a que efectuou em 2000 à Terra Santa. Num gesto inesperado e simbólico, João Paulo II desloca-se ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, deixando entre as fendas do local mais sagrado do Judaísmo uma nota em que pede perdão pelos séculos de perseguição ao povo de Abraão um marco no diálogo ecuménico que sempre promoveu.

Poliglota e carismático, os discursos que faz cativam as multidões que reúne nos locais por onde passa. Interventivo, as palavras de João Paulo II não esquecem o mundo em convulsão, apelando incansavelmente à paz e ao combate à pobreza. Ao todo, escreveu 14 encíclicas (documentos doutrinais) e mais de dez mil discursos, abordando temas que vão do ambiente, à economia, passando pela segurança. Se revolucionou na forma de evangelizar e na abertura ao mundo, João Paulo II é frequentemente apontado como demasiado conservador nas questões da família, da moral e da organização interna da Igreja, não tendo hesitado em afastar os teólogos mais contestatários. Igualmente polémica é a sua relação com os movimentos ultra-conservadores, como a Opus Dei, cujo fundador, José María Escrivá, foi canonizado em tempo recorde (2002). O pontificado de João Paulo Paulo II fica, também, marcado pelo número recorde de canonizações (482 santos) e beatificações (1338) realizadas ao longo de últimos 26 anos, ou seja mais do dobro do que todos os seus antecessores juntos.

A agilidade que marcou os primeiros anos do seu pontificado sofreu o primeiro golpe a 13 de Maio de 1981, quando o jovem turco Mehmet Ali Agca atingiu a tiro o Sumo Pontífice, em plena Praça de São Pedro. A coincidência da data levaria João Paulo II a dizer que a sua vida fora poupada por intervenção de Nossa Senhora de Fátima, realizando no ano seguinte a primeira das três deslocações ao santuário português. Mas a debilidade física só começou a ser notada em Abril de 1994, quando fracturou o fémur, confirmando-se depois que sofria de Parkinson, uma doença neurodegenerativa. Nos anos seguintes, o mundo assistiu à lenta degradação da sua saúde física, acompanhada de crescentes rumores sobre uma possível resignação. Contudo, o Sumo Pontífice
garantiu sempre que não pretendia abdicar, afirmando que a continuação da sua vida pública servia como exemplo do contributo que os doentes e os idosos podem dar à sociedade.

Adeus



O viajante, que abriu o Vaticano ao mundo. Que abriu o coração ao mundo. Que quase duplicou o número de fiéis da Igreja Católica. Um homem ímpar. Que deixa muitas saudades.

De luto



Nem daqui a 500 anos teremos um Papa tão bom como este.