Mudamos o mundo todos os dias. A qualquer hora. Sem censura. Amarga ou doce. Com ou sem o primeiro gomo de tangerina.

Wednesday, June 29, 2005

Momento de felicidade pura

Smashing Pumpkins regressam à música

Os Smashing Pumpkins vão reunir-se novamente, anunciou o seu mentor Billy Corgan na edição de hoje do jornal Chicago Tribune, precisamente no mesmo dia em que foi editado o seu álbum a solo "TheFutureEmbrace". De regresso aos Estados Unidos para 18 concertos, e após a digressão pela Europa que o trouxe à Aula Magna, em Lisboa, a 1 de Junho, Billy Corgan revelou o segredo que, segundo o próprio, escondia há um ano: «Planeio renovar e reavivar os Smashing Pumpkins».

«Quero a minha banda, as minhas canções e os meus sonhos de volta Este desejo faz-me sentir em casa novamente», explica o músico. «Quando dei o último concerto com os Smashing Pumpkins a 2 de Dezembro de 2000, abandonei o palco do Metro acreditando que estava a deixar para trás um pedaço da minha vida. Ingenuamente tentei criar uma banda nova [Zwan], mas descobri que o meu coração não estava lá. Eu afastei-me para procurar um amor perdido», acrescenta Corgan. «Por isso voltei para casa para curar o que estava desfeito e, para minha surpresa, encontrei aquilo que procurava. Descobri que o meu coração está em Chicago, o meu coração está nos Smashing Pumpkins».

Billy Corgan afirma, também, que planeia lançar um DVD brevemente, intitulado "ChicagoSongs", que reúne uma série de canções sobre a sua cidade natal, e ainda criar um livro on-line que será actualizado diariamente com a história da sua vida, com o nome "The Confessions of Billy Corgan".


Nota: notícia retirada da Best Rock

Ronald Reagan eleito o maior americano de sempre




Depois de milhares de votos, ex-presidente dos EUA ficou à frente de Lincoln, Martin Luther King, George Washington e Benjamin Franklin.

Tuesday, June 28, 2005

De chorar a rir...

Leiam isto. E peçam por mais.

As Ruínas erigidas em livro

Na Fnac de Santa Catarina.As Ruínas Circulares. Blogue transformado em livro. João Pedro Costa dá autógrafos. Com dedicatórias e tudo.

Monday, June 27, 2005

É cada um

Há idiotas em todo o lado... De onde menos se espera... Tchanam... Lá está um idiota. Olha, e mais outro e mais outro... Um pontapé numa pedra e sai um idiota. Irra!

Thursday, June 23, 2005

Pelas ruas

Bom S. João! Martelos, sardinhas, manjericos, cerveja e bailarico. A festa mais bonita desta cidade. Até já.

Wednesday, June 22, 2005

Johnny only works never plays

Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays, Johnny only works never plays

Monday, June 20, 2005

Correcção

Carrilho não chamou os jornalistas de débeis mentais. O Fil avisou-me e eu estou aqui para corrigir. Diz que quem criticou o vídeo sobre de «traumas» e revela «fragilidade mental». Está enganado. Fragilidade eleitoral, sem dúvida.

Papá, papá

Carrilho chamou débeis mentais aos jornalistas que criticaram o vídeo de campanha. Agora só falta vir dizer que não são todos...

Monday, June 13, 2005

Morreu Álvaro Cunhal

Ao contrário de Vasco Gonçalves, Cunhal morreu amargurado, segundo consta. Falam da coerência do histórico comunista. Não acredito que um homem tão inteligente acreditasse de coração no que propalava. Ao contrário do companheiro Vasco. É uma figura incontornável da história do século XX, que felizmente não conseguiu substituir um regime autoritário por outro ditatorial.
Ouvi-o uma vez numa conferência de faculdade. Em 1999, se não me engano. Estava ainda fresco, rápido na resposta. Foi confrontado com gulags e perseguições. Meteu a cassete e volveu à esquerda. Adorei ouvi-lo, é certo. Mas nunca gostei de Cunhal. E não vou gostar só porque morreu.



«Tanto o comunismo como o capitalismo democrático te dão pontapés no cú. A diferença é que no segundo podes gritar».

(conheci a frase aqui. E vou ler o livro.)

Morreu Eugénio de Andrade

TENHO O NOME DE UMA FLOR

Tenho o nome de uma flor
quando me chamas.
Quando me tocas,
nem eu sei
se sou água, rapariga,
ou algum pomar que atravessei.

Eugénio de Andrade, in «As Mãos e os Frutos», 1948

Sunday, June 12, 2005

Obrigada ao cérebro retalhado pela letrinha

I could take all the craziness out of you
That's what I loved you for
Take away all the oranges, greens and blues
That's what I loved you for
(...)

So you could take all this craziness out of me
That's what you love me for
Well, I don't mean to laugh
But if you know all this
You must be halfway there

Yeah, I can love you
Grab that leash and drag you to a place you'd never know
I know where my bones are buried
May take me a while, but I'd find my way home

Tindersticks - Buried Bones
With Ann Magnusson

Morreu o companheiro Vasco




A última vez que o vi, nas comemorações do 25 de Abril, num ciclo de conferências no Porto, o companheiro Vasco parecia desiludido. Na sua opinião, Portugal deixou de seguir a via socializante e, por isso, a revolução não correu como o antigo primeiro-ministro esperava. Se morreu a pensar assim, o impulsionador da Reforma Agrária poderá olhar para a vida a achar que ela valeu a pena. O que é mais do que confessou Melo Antunes quando a morte bateu à porta.

Thursday, June 09, 2005

FRASE DO DIA

"O trabalho fascina-me tanto...que , às vezes fico parado a olhar para ele sem fazer NADA"

Wednesday, June 08, 2005

A gata viu a tangerina




Obrigada, Remark The Cat. Continuas a mesma. Exagerada como sempre. É bom saber que algumas coisas não mudam.

«Nós gostaríamos que [o presidente da Câmara de Lisboa] fosse o papá, não é, Dinis?»

Por Ana Sá Lopes no Público.

O vídeo da candidatura de Carrilho é... Se lerem o Público percebem.
(A versão online é paga. Senão faria para aqui um link. Mas não é possível, infelizmente)

Superfície sem medo

Também no Eternuridade descobri isto.


- Quando é que sabes que estás feliz?
- Quando não me importo de ir às compras porque nem das grandes superfícies tenho medo.

À conversa contigo

Descobri aqui uma frase pequena que diz muito. E foi graças à Rita, que pára por aqui

«Quando duas guitarras se tocam podem não fazer barulho nenhum. O mais importante para os amantes é saber ficar em silêncio. Quando se diz uma coisa matam-se todas as outras. Reduzem-se as possibilidades. E mesmo assim tudo o que quero é estar à conversa contigo.»

Monday, June 06, 2005

ALGUNS DADOS PARA RELEMBRAR COISAS ESQUECIDAS (OU QUE ALGUNS QUEREM ESQUECER)

Vamos a Estatísticas...

F.C.Porto
Títulos Europeus- 4
Títulos Mundiais- 2
Campeonatos Nacionais - 15
Taças de Portugal - 9
Super taça de Portugal - 14
Total- 44

S.L.Benfica
Títulos Europeus- 0
Títulos Mundiais- 0
Campeonatos Nacionais -10
Taças de Portugal- 9
Super taça de Portugal -3
Total -22

Sporting C.P.
Títulos Europeus -0
Títulos Mundiais -0
Campeonatos Nacionais- 5
Taças de Portugal- 5
Super taça de Portugal -5
Total -15

Nos últimos 30 anos, desde o 25 de Abril. A nível doméstico, os números apresentados são muito impressionantes: o F.C. Porto é indiscutivelmente o 1º, pois tem mais troféus conquistados do que o Benfica e Sporting juntos! A nível internacional, as coisas são bem mais simples. Ou seja, Portugal tem apenas um representante que foi capaz de nos últimos 30 anos de conquistar troféus internacionais. Esse clube trata-se obviamente do F.C. Porto.

Friday, June 03, 2005

Boa banda sonora

Damien Rice

"The Blowers Daughter"

PS: desculpem, mas não sei pôr música aqui no Tanja...

Saudades de uma guitarrada honesta



Neste site eles dizem que soam a sucesso. Discordo. Soam a algo que vai durar pouco.
Por três vezes fiz a A1 em direcção a Lisboa para assistir a todos os projectos de Billy Corgan. Primeiro os Smashing, depois os Zwan e agora este trabalho a solo.
Tenho os álbuns, conheço as músicas das anteriores bandas. Este ainda não chegou cá. Billy sabe, no entanto, que mesmo assim é possível, em Portugal, que o seu grupo de fãs o siga. Por onde ele for, por onde ele quiser experimentar, por onde lhe apetecer delirar.

Assisti a Smashing no Porto, em Lisboa. Assisti a Zwan a Lisboa. São viagens de 600 km direitas à sala de espectáculos com regresso na madrugada. Para este, na Aula Magna, na quarta-feira foi o mesmo.

Pela primeira vez, vim com um sabor a «nada». Sei que ficaria tristíssima se não fosse. Precisava de ir. Ouvir e voltar. E não gostei. Não irá durar, estou certa. É uma fase demasiado electrónica para o meu gosto. Pelos vistos, não só para o meu. Obrigada, Sofia.

Antes de Billy Corgan, tocaram os Gliss. Quem? Pois, não sei. Mas estiveram para lá a tocar quase durante uma hora: invariavelmente o mesmo som e o mesmo ar de urbano-depressivos. Uma proposta para os organizadores de concertos deste calibre, quase intimista - primeiras partes, bandas de aquecimento são dispensáveis. E aquela coisa da «dança das cadeiras», em que todos tocavam tudo - os músicos saltaram do baixo para a guitarra e depois bateria e depois troca tudo outra vez - não tem grande graça. Pode ser diferente, mas nem tudo o que é diferente tem graça... E aquela voz? Se calhar teria sido bom o vocalista ter deixado o seu colega cantar. Tão mau não seria pelo menos.

Esquecendo essa parte, e depois de arranja palco dali, arranca cabos dacolá, chegou «The Future Embrace». Billy Corgan entra sob um ecrã que tinha ar de ladrilhos de casa de banho lavadinhos com Cif Lixívia. The crowed goes wild. Porque é o Billy. E nós vamos lá por causa dele. «Familiar faces», disse ele. Pudera.

No dito ecrã surgiram cores, imagens, figuras geométricas, cavalos e a cara do Billy himself. Em cima do palco, instrumentos electrónicos desta nova vaga fazia parecer pequenos robots com pernas estranhas, que a qualquer momento poderiam levantar voo e entrar numa qualquer Guerra das Estrelas.

Ora, Billy agora toca electro. Uma má opção. Como diria o inspector de um livro policial português, «o que é grave, é muito grave». Bateria electrónica, sintetizadores, e a guitarra do ex-Smashing a sair com um som estranho. Eu percebo que ele queria experimentar, mudar, ser um artista pleno que não vive nem pretende viver a vida toda à sombra das suas criações. É justo. É um opção. Mas será que era preciso ser tão radical? Não poderia ele continuar com a música que tão bem sabia fazer? Não? Ok, vai lá, experimenta. Eu este não compro. Talvez o próximo: de novo num extremo qualquer a experimentar, como ele próprio diz «independente das modas, fazendo o disco que quer». É justo. Espero por novas desse lado. Enquanto isso, tenho sempre as antigas. Que não passam de moda.

Wednesday, June 01, 2005

O colapso financeiro do país. No precipício da falência.

Medina Carreira pensa que o país está à beira do precipício. Na Sic Notícias, recebemos uma lição de economia, de contas de somar e subtrair, de realidade.
A Sic teve este exclusivo na mão, mas não o aproveitou convenientemente. Foi a notícia da semana. Foi a explicação que todos procuravam com a frontalidade com que Medina Carreira nos habituou. Haja alguém que saiba a verdade e não tenha medo de a dizer, com a liberdade própria de quem não vive da política. Uma demonstração de lucidez. Própria também de quem sabem fazer contas. Medina Carreira, ex-ministro de Mário Soares, quase afirmou que os economistas e os políticos não sabem fazer contas e por isso dizem disparates. Para a próxima será ainda mais caústico. Afinal, é a vantagem de ser «amador», como o próprio se caracteriza.

Obrigada ao Prova dos Nove por me ter levado até ao texto que a Sic publicou no seu site com partes importantes do raciocínio lógico de Medina Carreira. Tendo em conta as horas a que o programa passa - hora do almoço de um dia de semana - com repetições aleatórias, é bom saber que há mais quem tenha visto e ouvido com atenção uma das personagens mais honestas deste pequenino país.

Medina Carreira concorda com as medidas anunciadas pelo Governo, mas avisa que não vão resolver nada. Mais: a situação actual pode levar o Estado a abrir falência em poucos anos.

Concorda com:
- aumento do IVA. É o imposto que mais rentável e rápido, o mais eficaz a levar dinheiro para os cofres do Estado.
- divulgação publicamente das declarações de IRS de todos os contribuintes e que se combata a fraude e evasão com o levantamento do sigilo bancário.
- acabar com as subvenções vitalícias dos deputados é uma questão de moralidade.

As medidas anunciadas pelo Governo para combater o défice até merecem a nota positiva de Medina Carreira... mas tem que ser feito mais. Sobretudo do lado da despesa, que tem que ser travada. Se assim não for, o país entra em colapso financeiro dentro de 10 anos, avisa o ex-ministro das Finanças, que quer ouvir outras, sobretudo no que toca às despesas sociais. Segundo o economista, só nos últimos 4 anos os gastos do Estado com protecção social cresceram a um ritmo de 150 milhões de euros por mês. Por isso, defende uma diminuição nas reformas mais altas e admite que sejam dispensados funcionários públicos.

Aconselha ainda que seja criado um fundo para a reestruturação da máquina do Estado. O défice concluiu o ex-ministro - é só um dos sintomas da doença das contas públicas. Por isso, o governo tem de ir mais longe e tomar medidas estruturais de redução da despesa. E deixou um louvor a Manuela Ferreira Leite, pela forma visionária com que tratou as finanças. Pela forma dura com que enfrentou os parceiros sociais.

Neste link é possível ler tudo. Bem hajam.